17/05/2013

Crowdfounding

Eu estava lendo um artigo sobre crowdfounding e seus limites, mas não é exatamente sobre isso que eu quero falar, porque não é em limites que eu penso quando eu vejo esses debates. O que eu penso é na liberdade de escolha, na maneira pouco intuitiva através da qual o marketing tradicional funciona e em uma história que eu ouvi de uma senhora que trabalhava como acompanhante da minha avó.


Essa senhora era aposentada, tendo trabalhado em várias coisas na vida (inclusive no campo, se não me engano). Um dia ela contou que, quando ela não estava trabalhando formalmente, pagava as melhorias da casa e os eletrodomésticos novos de que precisava fazendo e vendendo pão caseiro e cucas. Até o forno elétrico que ela usava para isso foi pago com o dinheiro dos pães.

O interessante é que ela nunca se considerou uma padeira. Ela vendia de porta em porta e só o bastante para pagar o que precisava, parando depois de quitar as dívidas. É claro que esse modelo só estava disponível para ela porque ela tinha alguma renda e podia comprar os ingredientes necessários, mas não podemos negar que ela tinha acesso a um estilo de vida acima de sua renda porque a complementava.

Da mesma maneira, o artista que faz um crowdfounding não pretende ser uma empresa, mas está fazendo esse trabalho para alcançar um objetivo, para ter acesso a algo que normalmente não teria antes do lançamento do trabalho: o interesse do público.

Eu não entendo por quê as pessoas ficam fixadas em dizer quem pode e quem não pode cortejar sua audiência para garantir o melhor trabalho possível.

E, sim, isso foi uma divagação. Go on now. Go away. O artigo de que eu falei no início está aqui.

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