04/07/2012

Diálogos, respostas e instant karma

Essa semana* eu tive duas conversas que espelharam uma a outra. Em uma delas eu fui a instigadora, na outra a vítima. Nada como o instant karma para garantir que você reflita sobre algo que fez, não?

Na conversa que eu instiguei, a pessoa com quem eu conversei não deixou claro o que pensava sobre o assunto. Tudo bem, eu sei que eu preciso de uma emboscada e um kit de instrumentos cirúrgicos para extrair uma resposta de algumas pessoas. Eu me senti desabafando. Falei o que precisava e fugi, me sentindo mais leve. 
Foi só no dia seguinte que eu comecei a pensar que essa leveza era sinal de que eu tinha deixado a minha preocupação - o meu peso - com a outra pessoa. Eu não fico feliz por ter feito isso, mas ações tem consequências e a vida segue.

Na conversa da qual eu fui vítima, a pessoa com quem eu conversei não apenas respondeu como usou as suas emoções como arma. Eu saí da conversa desgastada e, quando achei que tudo tinha passado, ainda recebi uma complementação que minou o que eu ainda tinha de estabilidade emocional. Eu imagino que não era o objetivo, as pessoas não costumam ser maquiavélicas de propósito (requer muito planejamento), mas as palavras e os argumentos dele me deixaram me sentindo inábil, fragilizada, pressionada a agir de uma maneira que eu não quero e sem muita força para evitar.

Mas isso foi ontem.
Hoje eu amanheci em fúria.
Porque poucas coisas me deixam tão furiosa quanto sentir que alguém tentou se aproveitar da minha boa vontade e manipular os meus sentimentos, mesmo que sem saber o que estava fazendo.
Então, depois de refletir sobre liberdade individual, escolhas pessoais e "escolhas" que os outros fazem por ti, eu decidi que o que eu fiz, ao descarregar o que me preocupava sobre a minha vítima, era uma babaquice.

À minha vítima do outro dia, eu peço desculpas sinceras. Eu não tinha o direito de te desestabilizar.

Ao cara que me mandou um email passivo agressivo achando que eu devia explicações a ele e usando argumentações sociais desnecessárias, eat a bag of dicks. Eu sou um agente independente e tenho o direito de tomar decisões sem precisar ter uma explicação que seja convincente para ti ou qualquer um. Para sua informação: quando uma pessoa diz que está mal emocionalmente e precisa se recuperar, a ação não asshole é aceitar que a pessoa não se sente bem e respeitar o seu espaço.

Desculpas às pessoas não relacionadas. Eu precisava postar isso em fórum público (mas não naquela fossa que é o Facebook).


* A semana é minha e eu digo que as duas coisas aconteceram na mesma semana.

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